Liderar hoje exige mais do que autoridade formal: demanda atualização constante, capacidade de conviver com incertezas tecnológicas e emocionais, e habilidade para criar relações humanas que gerem desempenho sustentável. Dois temas aparecem com frequência nas pesquisas recentes: (1) a dificuldade prática de manter-se atualizado diante do ritmo de mudança; e (2) o custo humano — físico e mental — que o acúmulo de responsabilidades impõe aos próprios líderes.
A pressão para aprender — e a dificuldade de aprender sozinho
A transformação digital, o avanço do trabalho híbrido e a incorporação de IA nas rotinas trazem uma lista crescente de competências que se espera de líderes: gestão remota, fluência digital, capacidade de gerir mudanças rápidas e habilidades socioemocionais mais refinadas. Em levantamento global sobre desenvolvimento de líderes realizado pela Harvard Business Impact, 70% dos respondentes afirmam que é “importante ou muito importante” que líderes dominem uma gama mais ampla de comportamentos de liderança para responder às demandas atuais e futuras — e muitas organizações reconhecem que seus modelos de desenvolvimento precisam se transformar para acompanhar essa urgência.
Mas o problema não é só a vontade: muitos líderes chegam à posição sem preparo formal e não recebem treinamento contínuo suficiente. Relatórios internacionais apresentados pelo The Wall Street Journal, mostram queda no engajamento de gestores e apontam que uma parcela significativa não teve formação gerencial adequada, o que amplia a sensação de isolamento e insegurança ao tomar decisões estratégicas. Quando o gestor não tem um ecossistema de apoio (mentores, pares, RH ativo), a atualização vira tarefa solitária — e erros ou escolhas impopulares ficam sem interlocução para serem debatidos.
Liderar sozinho: o incômodo que corrói decisões e bem-estar
Liderar “no vácuo” aumenta o estresse e tende a reduzir a qualidade das decisões. Estudos da PMC – PubMed Central sobre o efeito de crossover emocional mostram que a exaustão do gestor reverbera na equipe, afetando prontidão para mudanças e engajamento — ou seja, o isolamento do líder não é um problema só dele; impacta resultados coletivos. Além disso, gestores sob forte pressão reportam dificuldade para desligar, isolamento nas escolhas estratégicas e menor abertura a feedbacks.
Como tratar colaboradores — o que a prática e a pesquisa indicam
A forma adequada de se relacionar com a equipe segundo pesquisas da Gallup.com, passa por três atitudes práticas e comprovadas:
Pesquisas da Gallup ressaltam que 70% do engajamento da equipe é atribuído ao gestor direto: líderes que mantêm conversas significativas e constroem confiança conseguem elevar engajamento e reduzir rotatividade. Portanto, investir em conversas e no desenvolvimento do time é também estratégia preventiva contra problemas de performance.
Competências necessárias — um mix técnico e humano
As competências que mais aparecem em estudos recentes da Harvard Business Impact, combinam hard e soft skills:
O custo à saúde — do estresse às doenças físicas
As consequências da sobrecarga não são metafóricas: evidências apontam que jornadas muito longas e estresse crônico elevam risco de problemas cardiovasculares e acidentes vasculares. A OMS e a OIT alertaram que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a aumento do risco de AVC (≈35%) e de doença isquêmica do coração (≈17%). Além disso, transtornos mentais como ansiedade e depressão têm impacto enorme na produtividade global — estima-se perda de bilhões de dias de trabalho por ano. Estudos e revisões sobre burnout gerencial também mostram prevalência crescente de esgotamento entre gestores, com consequências pessoais e organizacionais significativas.
Conclusão prática para líderes e quem os desenvolve
Para reduzir isolamento, acelerar a atualização e proteger a saúde dos líderes, recomenda-se:
Liderar não é — e não deve ser — caminhar sozinho. Atualizar-se é imprescindível, mas só será sustentável quando as organizações construírem estruturas que compartilhem responsabilidade, oferecendo aprendizado contínuo e redes de suporte. Cuidar do líder é cuidar do resultado!
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